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terça-feira, 9 de junho de 2009

Pouco futebol

Fui assistir Pelotas e Santo Ângelo neste domingo na esperança de ver o estádio cheio e bom futebol. Me decepcionei, pois não vi nenhuma das duas coisas.

Era uma tarde de Domingo, um certo frio, com sol, mas muito boa para a assistir futebol. O horário - 15 horas - fugia da concorrência com a TV e mesmo assim a torcida não compareceu num nível, no mínimo, aceitável. Eram, aparentemente, 2 mil espectadores.
Por mais que a diretoria do Lobão faça propaganda, incentive o torcedor, ele não comparece. Não sei os motivos, mas imagino que o time não empolga.

Com o gol de Sotilli aos 5 minutos - tornando-se o maior artilheiro do século XXI do Pelotas - me fez imaginar que viria uma goleada, visto que a defesa do Santo Ângelo batia cabeça, estava muito mal organizada. Mas não foi o que aconteceu.
O Áureo-Cerúleo estava desentrosado, o meio campo tinha extrema dificuldade de trocar passes e não sabia o que fazer com a bola.
A única saída de jogo que tinha era com Cirilo (aquele "orelhudo", bom zagueiro despresado pelo Farrapo em 2005), que tabelava com o ala Mateus e chegava a linha de fundo, sem muita qualidade para o cruzamento.
O próprio Mateus, que vem jogando como ala, demonstra não ser ala. Ele tem muito mais características de um lateral, marca bem e sai de vez em quando. Apesar de sua garra, fica perdido no apoio.
Do outro lado, Xaro não era abastecido por Rafael Lopes, zagueiro pela esquerda, e dificultava a saída por este lado. Já o articulador Maicon Sapucaia, demostrou não estar entrosado com o grupo e pouco tocou na bola.
Restava a movimentação de Tiago Duarte, que era intensa, mas parada com faltas, o que irritava o jogador.
Mas quem mais se irritou foi o torcedor. O Santo Ângelo estava recuado e o Pelotas tocava a bola com pouca objetividade, gerando vaias das arquibancadas.

Com um jogador a mais, Beto Campos colocou Dauri e Michel, tirando Tiago Duarte e Rafael Lopes, passando para o esquema 4-3-3.
Maior número de jogadores na frente não significa maior poderio ofensivo e foi o que aconteceu. O Lobão criou uma oportunidade com Michel e só, enquanto o Santo Ângelo melhorou na partida e criou contra-ataques perigosos - mesmo com um jogador a menos, já que os três atacantes áureo-cerúleos não marcavam.

No fim ficou 1x0 e "valeram os três pontos", como diria qualquer jogador para alegria dos repórteres. Mas ficou claro que se o Lobão enfrentar uma equipe mais qualificada, terá muitas dificuldades.

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